EVENTOS
EVENTO: SÃO LUÍS VAI RECEBER PROJETO INÉDITO NO BRASIL SOBRE PATRIMÔNIO HISTÓRICO
“Panorâmica Patrimônio Mundial” instalará um centro de interpretação itinerante em praça pública, em comemoração aos 25 anos do título de Patrimônio Cultural Mundial de São Luís pela Unesco
Um projeto inovador no país vai aportar na capital maranhense. Uma estrutura inflável gigante ocupará toda a Praça Nauro Machado, no centro histórico, a partir do dia 15 de junho. Dentro, recursos audiovisuais, projeções mapeadas e um convite ao conhecimento para todos os públicos. A primeira temporada do “Panorâmica Patrimônio Mundial – São Luís” celebra esse reconhecimento mundial das características excepcionais do Centro Histórico da cidade.
Trata-se de um centro de interpretação itinerante, o primeiro do país, idealizado pela Quereres Produções em coprodução com a LP Arte. Tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, e realização da Prefeitura de São Luís, por meio da Fundação Municipal do Patrimônio Histórico de São Luís (FUMPH). O lançamento do projeto faz parte da programação do Fórum Internacional do Patrimônio Arquitetônico (FIPA), que também estará ocorrendo no próximo mês na cidade.
O Panorâmica Patrimônio Mundial vai percorrer bairros da capital maranhense e também chegará em São José de Ribamar. Contando com três núcleos, o espaço trará na primeira sala uma ampla abordagem sobre características do centro histórico, projeções em maquetes, telões com informações sobre arquitetura, azulejaria, cantaria, a beleza dos sobrados, moradas, meia-moradas e muito mais.
O segundo ambiente está reservado para a interatividade, com jogos de memória, glossário e um game em que os próprios participantes poderão criar suas ruas, usando elementos da arquitetura da cidade. A terceira sala trará a proposta de contemplação, com um vídeo imersivo sobre as belezas do Centro histórico, incentivando a reflexão sobre a preservação patrimonial. O Panorâmica conta com um projeto educativo com foco em ampliar a percepção de crianças, jovens e adultos sobre o universo do patrimônio cultural.
Todos espaços serão devidamente adequados para garantir acessibilidade a todos os públicos: todos os conteúdos expostos terão versão audiodescritiva, elementos táteis e em braile, além de Intérpretes de libras que ficarão à disposição para o acompanhamento e monitoria de visitas de turmas que apresentem esta demanda.
“Trata-se de um projeto inédito no Brasil que propõe uma nova forma de conhecer o Patrimônio cultural. Começar a Panorâmica por São Luís é um privilégio. O Centro Histórico da cidade reúne elementos excepcionais, por isso integra a lista de patrimônios culturais do Brasil e celebra 25 anos do reconhecimento pela UNESCO como Patrimônio Mundial. Este espaço tem como objetivo disseminar o conhecimento de maneira interativa, com muita tecnologia e informação, um novo tipo de museu, só que itinerante. É um ganho para a cidade, para os turistas, para estudantes, para a cultura e para a promoção do nosso patrimônio cultural”, concluiu Luiz Prado, curador e idealizador do Panorâmica Patrimônio Mundial – São Luís.
DOCUMENTÁRIO: PAISAGEM CONCRETA
Sinopse:
Em Porto Alegre, o edifício da Fundação Iberê Camargo; na cidade do Porto, o escritório de Álvaro Siza, arquiteto e autor do celebrado projeto da sede da instituição, inaugurado em 2008. O documentário “Paisagem Concreta" navega entre esses dois portos. Com vista para o rio D´Ouro, o arquiteto, entre um cigarro e outro, detalha o desenho do museu gaúcho, e sua relação afetiva com o Brasil, semeada desde a infância nos relatos de seu pai nascido em Belém (PA), cultivada pelo modernismo, pela MPB e pelas novelas. Também elabora sobre os limites entre a arquitetura e a natureza, acompanhado por um percurso visual de obras celebradas como as Piscinas das Marés, a Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto e o Museu Nadir Afonso, por depoimentos de colaboradores e críticos portugueses. Enquanto isso, do outro lado do oceano, apresentam-se os bastidores da montagem da exposição “Fio de Ariadne”, mostra inédita de cerâmicas e tapeçarias de Iberê Camargo, a reflexão de colaboradores da Fundação Iberê e arquitetos contemporâneos sobre o futuro dessa paisagem concreta fincada na beira do Guaíba.
Synopsis:
In Porto Alegre, Brazil, the Iberê Camargo Foundation Museum; in the city of Porto, Portugal, the office of Álvaro Siza, architect and author of the celebrated project for the institution's headquarters, inaugurated in 2008. The documentary “Concrete Landscape" sails between these two ports. On the edge of Douro River, Siza, between one cigarette and another, details the design of the museum, and his affective relationship with Brazil, sown since childhood in the accounts of his father born in Belém (PA), cultivated by modernism, MPB and by the novels. It also elaborates on the limits between architecture and nature, accompanied by a visual tour of celebrated works such as Piscinas das Marés, the Architecture University of Porto and the Nadir Afonso Museum, by testimonials from Portuguese collaborators and critics.
Meanwhile, on the other side of the ocean, the backstage of the assembly of the exhibition “Fio de Ariadne” is presented, an unprecedented exhibition of ceramics and tapestries by Iberê Camargo, the reflection of collaborators of the Iberê Foundation and contemporary architects on the future of this concrete landscape on the edge of the Guaíba River.
Ficha técnica:
Direção: Laura Artigas e Luiz Ferraz
Argumento e pesquisa de conteúdo: André Scarpa, Manuel Sá e Raul Penteado Neto
Ideia original: Raul Penteado Neto
Direção de Fotografia: André Scarpa e Manuel Sá
Fotografia adicional: Rafael Stedile
Som direto: Pedro Adamastor e Raysa Fisch
Produção Executiva: Gal Buitoni
Co produção: Duo2.tv
Produção SP e Portugal: Thomas Miguez e Marco Artigas
Roteiro: Laura Artigas
Montagem: Dani Gonçalves
Música: Baoba Stereo Club
Desenho de Som e Mixagem: Input
Pós-Produção e Finalização: B12 Filmes | Gabriel Davini Rafael Bedoni
Colorista: Fernando Ducci
Motion grpahics: Verônica Medeiros
Direção de Arte: Carolina Levy
Apoio Institucional: Fundação Iberê, IAB-SP, Canal Arte1 e Consulado Geral de Portugal em São Paulo
HISTÓRIA: ACERVOS MUSICAIS DO MARANHÃO – UM LEGADO A DESVENDAR
VISITA AO ACERVO JOÃO MOHANA: Partituras Raras De Compositores Maranhenses Dos Sécs. XIX e XX
LOCAL: Arquivo Público do Estado do Maranhão - Rua de Nazaré, 218 - Centro
DATA: quinta-feira, dia 15/6, às 11h
Rosana Lanzelotte (Musica Brasilis) rosana@musicabrasilis.org.br
Guilherme Augusto de Ávila (UFMA) guilherme.avila@ufma.br
Desde o início de sua história, São Luís e outras cidades maranhenses abrigam relevante produção musical de música grafada. A construção das cidades implica na edificação de igrejas e teatros, espaços que não prescindem de música. Abrigados nos arquivos desses equipamentos, os manuscritos musicais atravessam os séculos. A partir do século XIX, surge a impressão musical no Brasil, e a produção de música escrita passa a contemplar, então, gêneros musicais importados da Europa – a valsa, a quadrilha, o schottish – além de lundus, maxixes e outras danças de herança africana ou indígena. Essa abundante produção musical maranhense pouco circulou, ficando restrita ao Estado do Maranhão e Grão-Pará, instituído pela coroa portuguesa em 1621.
Grande parte da produção de música escrita da região está bem representada e documentada no Acervo João Mohana, coleção pelo padre João Miguel Mohana (1925-1995). Natural de Bacabal (MA), despertou para a importância desses repertórios a partir de apresentações musicais a que presenciou em Viana (MA), em dezembro de 1950. A partir de então, passou a colecionar partituras com o objetivo de preservá-las. Em 1987, o padre Mohana vendeu a coleção ao APEM – Arquivo Público do Estado do Maranhão –, onde foi ampliada por doações posteriores. O Fundo João Mohana contém hoje 1194 itens, recolhidos em 26 cidades do Maranhão e do Pará, e inclui a produção dos principais compositores da região, entre os quais podem ser citados Alexandre dos Reis Rayol (São Luís, 1855 – 1934), Antônio dos Reis Rayol (São Luís, 1863 – 1904), entre outros. O acervo tem sido objeto de estudo dos professores pesquisadores da Universidade Federal do Maranhão, principalmente Dr. Daniel Lemos Cerqueira e Dr. Guilherme Augusto de Ávila.
Rosana Lanzelotte, cravista e pesquisadora, tocou na inauguração do Museu Do Ipiranga.
https://lanzelotte.com
A conservação de documentos musicais grafados é indispensável para a preservação da memória, mas não é suficiente. O público só pode conhecer o que os músicos podem tocar e, sem o acesso fácil às partituras, os repertórios ficam restritos aos estudiosos. A diminuição da produção de partituras impressas, fenômeno observado em todo o mundo, aponta para a Web como solução para a disponibilidade. Essa foi a motivação para a criação, em 2009, do portal Musica Brasilis, que oferece 3.800 partituras, 80% das quais gratuitas por serem de autores em domínio público, consultado mensalmente por 50.000 usuários. A partir de 2022, a parceria com os pesquisadores maranhenses supra citados possibilitou a incorporação de repertórios originários do acervo João Mohana. Estão disponíveis 117 partituras, entre as quais duas Sinfonias de Antônio dos Reis Rayol, e diversas peças para piano, violão e canto. Em paralelo, núcleos de pesquisadores de música de outros estados desenvolvem trabalho similar, para constituir o maior acervo digital de partituras de compositores brasileiros.
DOCUMENTÁRIO - AS ROCHAS NOS CONTAM: MONUMENTOS PÉTREOS DO RIO DE JANEIRO DESDE O BRASIL COLÔNIA AO MODERNISMO.
Sinopse:
Um passeio pela história do Brasil por meio de edificações e monumentos pétreos selecionados do Rio de Janeiro, apresentando as rochas que construíram a cidade em sequência cronológica. Em cada ponto, ao observar as rochas, abrimos uma janela para outras histórias: a dinâmica do planeta Terra, a evolução da vida, dos costumes, da arte, e da técnica. Pesquisadores das áreas de geoconservação, arqueologia e arquitetura, contribuem com conhecimentos básicos sobre as rochas, o histórico de uso da pedra no Rio de Janeiro e os desafios para a conservação do patrimônio pétreo. Para cada tipo de rocha é apresentado um resumo da sua proveniência e formação geológica. Os prédios e suas pedras são o fio condutor do documentário, como testemunhas da história, da Independência ao Modernismo.
Synopsis:
A tour through the history of Brazil, visiting selected buildings and monuments in Rio de Janeiro and presenting the rocks that built the city in chronological sequence. As we observe the stones at each point, we open a window to other stories: the planet Earth's dynamics, the evolution of life, customs, art, and technique. Researchers in the areas of geoconservation, archaeology and architecture contribute with basic knowledge about rocks, the history of stone’s use in Rio de Janeiro and the challenges for the conservation of the stone heritage. For each type of rock, a summary of its origin and geological formation is presented. The buildings and their stones are the documentary’s guiding thread as witnesses of history, from the Independence to Modernism.
Financiamento: Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro
Edital FAPERJ Nº 36/2021 - Apoio à Editoração e ao Audiovisual Comemorativo do Bicentenário da Independência e do Centenário da Semana de Arte Moderna - 2021.
Ficha técnica:
Produção: Periscópio Film
Direção de Arte: Ricardo Giaroli
Câmera:Pedro Campos, Lucas Bobst
Produção: Isabelle Reiss
Música original: Mariano Torcuato
Edição: Luca Thomas
Pós-produção: Ricardo Giaroli
Animação: Raúl Vargas
Locução: Gilberto Cardoso
Assistente de Produção: Felipe Abrahão Monteiro
Realização: Instituto de Geociências - IGEO/CCMN e Museu da Geodiversidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro /UFRJ, Centro de Tecnologia Mineral - CETEM/MCTI
Coordenação: Kátia Leite Mansur – IGEO/UFRJ, Nuria Fernández Castro – CETEM/MCTI, Jeanne Cordeiro – Laboratório de Arqueologia Brasileira – LAB, Catherine J. S. Gallois – Grupo de pesquisa Cidade como Documento da História Urbana (CiDHUrb) - UFF
Roteiro e pesquisa de conteúdo: Kátia Leite Mansur, Nuria Fernández Castro
Apoio técnico: Felipe Abrahão Monteiro – IGEO/UFRJ